Petrobras (PETR4): Termos de Acordo Tributário São Favoráveis, Mas E Os Dividendos?

Na noite de ontem, a Petrobras comunicou que formalizou um acordo com o governo para resolver disputas tributárias, surpreendendo positivamente os analistas. A adesão ao acordo foi vista como vantajosa, e o impacto na distribuição de dividendos aos acionistas já está sendo avaliado. Nesta terça-feira, 18, o mercado reagiu positivamente: as ações preferenciais (BVMF) subiram 1,72%, alcançando R$35,41, as ações ordinárias (BVMF) tiveram um acréscimo de 1,66%, chegando a R$37,27, e os American Depositary Receipts (ADRs) (NYSE) valorizaram 2%, atingindo US$13,77.

Detalhes do Acordo Tributário

Em um fato relevante, a Petrobras informou que aderiu ao edital de contencioso tributário, abrangendo débitos de IRRF, Cide, Pis e Cofins sobre remessas ao exterior referentes a contratos de afretamento de embarcações e plataformas. O acordo foi formalizado com um desconto de 65%, totalizando R$19,80 bilhões. Deste montante, R$6,65 bilhões serão pagos com depósitos judiciais já realizados e R$1,29 bilhão com créditos de prejuízos fiscais de subsidiárias. O restante, R$11,85 bilhões, será quitado com uma entrada de R$3,57 bilhões em 30 de junho e seis parcelas mensais de R$1,38 bilhão, atualizadas pela taxa Selic.

Reações dos Analistas

Citi

O Citi destacou que o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a medida com 10 votos favoráveis e apenas 1 contrário. Os analistas Gabriel Barra e Andrés Cardona apontam que o impacto no lucro líquido da companhia no segundo semestre será de R$11,87 bilhões, conforme já anunciado.

Bank of America (BofA)

O BofA considerou a resolução como um passo importante, destacando que as condições favoráveis resultam em um desembolso líquido pequeno e um impacto fraco nas projeções de dividendos. Os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Marcondes e Mariana Leite mencionam a probabilidade de que os R$22 bilhões restantes da reserva de remuneração de capital sejam distribuídos como dividendos ainda este ano. O BofA mantém uma recomendação neutra com preço-alvo de US$16,80 para os ADRs e R$42 para as ações ordinárias e preferenciais.

Santander

O Santander avaliou o acordo como melhor do que o esperado, mencionando o desconto significativo. Os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz. Estimam que o fluxo de caixa da Petrobras será afetado em torno de R$3,65 bilhões, incluindo impostos de recuperação e reembolso de parceiros. Eles preveem um impacto nos dividendos de cerca de US$320 milhões e mantêm uma recomendação neutra com preço-alvo de US$18.

Goldman Sachs

Os analistas do Goldman Sachs, Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins, observaram que a saída de caixa no segundo semestre pode trazer riscos negativos para as projeções de pagamento de dividendos. Eles preveem que a medida pode impactar em US$340 milhões cada um dos dividendos projetados para o segundo, terceiro e quarto trimestre. Resultando em quedas de 10%, 14% e 17%, respectivamente. O Goldman Sachs mantém uma indicação de compra com preço-alvo de US$18,10 para os ADRs, R$46,10 para PETR3 e R$41,90 para PETR4.

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