O banco J.P.Morgan atualizou sua previsão para a taxa Selic, estimando que encerrará o ano em 10%, em vez dos 9,5% previstos anteriormente. Essa nova projeção antecipa três cortes consecutivos de 0,25 ponto percentual cada na taxa básica de juros, a partir de maio.
Em um relatório divulgado nesta segunda-feira, Cassiana Fernandez, economista-chefe para o Brasil do J.P.Morgan e Vinicius Moreira, economista. Destacaram que o aperto das condições financeiras globais e a redução da meta fiscal para 2025 provavelmente alteram a avaliação do balanço de riscos do Banco Central para a inflação.
“Eles destacaram que o câmbio e as expectativas de inflação são os principais canais pelos quais os eventos recentes afetam os cenários do BC, ponderando que o ciclo de política monetária ainda dependerá fortemente de outras variáveis, como pressões inflacionárias domésticas e o crescimento do PIB.
“No entanto, os tópicos das dinâmicas fiscal e externa devem ser particularmente importantes em ditar a taxa terminal”, afirmaram os economistas.
Eles disseram ver chances crescentes de novas decepções no campo fiscal e também de os juros nos EUA permanecerem altos por mais tempo –o que mantém um viés de alta para o risco de a taxa Selic fechar o ciclo de cortes acima de 10%.
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