O Ibovespa (IBOV) manteve a trajetória de alta e completou o quarto dia seguido de ganhos nesta sexta-feira (9), impulsionado pela recuperação dos mercados internacionais e pela divulgação de balanços corporativos. O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 1,52%, alcançando 130.614,59 pontos. Na semana, o índice acumulou um ganho expressivo de 3,78%.
Dólar em Queda O dólar à vista (USBRL) terminou a sessão em R$ 5,5152, com uma queda de 1,06%. Nos últimos cinco pregões, a moeda norte-americana acumulou uma desvalorização de 3,40%, refletindo a recuperação do real diante do cenário global.
Foco nos Balanços Corporativos No cenário doméstico, a atenção dos investidores esteve voltada para a temporada de balanços. O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) também teve destaque, registrando uma alta de 0,38% em julho, ligeiramente acima do esperado. O avanço foi impulsionado pelo reajuste nos preços de combustíveis e energia elétrica, levando a uma inflação acumulada de 4,50% nos últimos 12 meses, a maior em sete meses. O Inter avaliou o resultado do IPCA como preocupante, apontando uma deterioração nas medidas sensíveis à política monetária.
Destaques do Ibovespa
Entre os destaques do dia, Méliuz (CASH3) se sobressaiu com um salto de 12% nas ações, impulsionado pelo balanço do segundo trimestre. Apesar de um prejuízo maior em relação ao mesmo período do ano anterior, a melhoria das margens e a aprovação de uma redução de capital em R$ 220 milhões foram bem recebidas pelo mercado.
Por outro lado, Casas Bahia (BHIA3) registrou uma das maiores quedas fora do Ibovespa, após um movimento de realização de lucros. Na véspera, as ações haviam subido 24% após a empresa reportar um lucro líquido de R$ 37 milhões entre abril e junho, revertendo seis trimestres consecutivos de prejuízos.
Varejistas Lideram Altas No lado positivo do Ibovespa, as varejistas dominaram as maiores altas, com Lojas Renner (LREN3), Vivara (VIVA3), Cyrela (CYRE3) e B3 (B3SA3) se destacando, também impulsionadas por balanços favoráveis.
Petrobras Surpreende com Prejuízo Na ponta negativa, Alpargatas (ALPA4) e Yduqs (YDUQ3) lideraram as perdas devido a resultados fracos. No entanto, foi a Petrobras (PETR4;PETR3) que chamou a atenção, ao reportar um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre. O primeiro resultado negativo em quase quatro anos. A adesão a uma transação tributária e um acordo de trabalho impactaram negativamente o desempenho da estatal.
Esse movimento nos mercados reflete o cenário atual de incertezas econômicas e políticas. E ressalta a importância de monitorar de perto os balanços e indicadores econômicos para tomar decisões de investimento informadas.