O Ibovespa encerrou a terça-feira em alta, com uma subida de 0,73%, alcançando 121.635,06 pontos. Esse movimento ocorreu após duas sessões seguidas de queda, mas o volume financeiro permaneceu abaixo da média anual, refletindo a falta de catalisadores para movimentações mais expressivas.
Durante o pregão, o índice oscilou entre uma máxima de 121.759,04 pontos e uma mínima de 120.757,20 pontos. O volume financeiro somou 18,1 bilhões de reais, bem abaixo da média diária de 23,69 bilhões de reais em 2024.
Ibovespa: Expectativa com Dados de Inflação nos EUA
A pauta econômica relevante nos Estados Unidos, prevista para quarta-feira, inclui dados de inflação ao consumidor e o desfecho da reunião de política monetária do Federal Reserve. Esse cenário contribuiu para um tom mais cauteloso no volume negociado na bolsa paulista.
Embora não se espere uma mudança imediata na taxa de juros dos EUA, os investidores estarão atentos aos sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve. A análise das projeções econômicas e a coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, serão cruciais para entender a direção futura da política monetária.
A analista sênior Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, afirmou: “Considerando os dados econômicos e a dinâmica da inflação, há maior probabilidade de ouvirmos uma declaração ‘hawkish’ do Fed do que o contrário”.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou a sessão com uma variação positiva de 0,27%. O rendimento do Treasury de 10 anos foi de 4,4001% no final da tarde, uma leve queda em comparação com os 4,469% da sessão anterior.
Ibovespa: Impactos no Mercado Brasileiro
No Brasil, o IPCA de maio mostrou uma aceleração maior do que o previsto. Mas, mesmo assim, houve uma queda nas taxas dos contratos de DI, beneficiando as ações. Bruna Costa Centeno, advisor e sócia da Blue3, destacou que isso ajudou a sustentar o mercado.
Além disso, a Medida Provisória do PIS/Cofins, relacionada à desoneração da folha de pagamento de determinados setores. Teve repercussão após o presidente do Senado afirmar que devolverá a medida ao governo.
Segundo analistas do Itaú BBA, o Ibovespa enfrenta dificuldades para uma recuperação sólida e ainda corre riscos de quedas acentuadas. Eles identificam suportes em 120.000, 115.000 e 111.600 pontos, enquanto a resistência inicial está em 123.200 pontos.
“Se conseguir avançar, deverá abrir caminho para subir em busca das resistências em 125.400 e 126.500 pontos. Patamar que mantém o índice em tendência de baixa no curto prazo”, disseram no relatório Diário do Grafista enviado nesta terça-feira.
A quarta-feira também será marcada pelo vencimento do contrato futuro do Ibovespa, um evento importante que pode influenciar a volatilidade do índice.
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