Decisão de reduzir a Selic foi unânime e esta foi a sexta redução seguida na taxa Selic, que agora está no menor patamar desde fevereiro de 2022, quando estava nos mesmos 10,75% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil optou por mais um corte de 0,50 ponto percentual na Selic, a taxa de juros básica da economia, nesta quarta-feira (20). A taxa agora está em 10,75% ao ano, marcando a sexta redução consecutiva e alcançando seu menor nível desde fevereiro de 2022.
Essa decisão foi tomada de forma unânime entre os membros do Comitê. O mercado já antecipava essa movimentação, conforme indicado pelo consenso LSEG de analistas, que projetava uma redução dos juros para 10,25%.

O Comitê considera a volatilidade global e a discussão sobre a política monetária, mantendo cautela diante das pressões inflacionárias. Os bancos centrais visam estabilizar a inflação em um contexto desafiador, com atenção aos mercados de trabalho. O comunicado destacou uma mudança na orientação futura, limitando a indicação de cortes para a próxima reunião em maio.
O Comitê de Política Monetária (Copom) mantém sua avaliação do cenário-base e aponta para uma possível redução na próxima reunião, com o objetivo de oferecer maior flexibilidade diante da elevada incerteza. As projeções para a inflação no cenário de referência são de 3,5% para 2024 e 3,2% para 2025, enquanto as projeções para a inflação de preços administrados são de 4,4% e 3,9%, respectivamente, para os mesmos anos.
O balanço de riscos continua simétrico, destacando-se fatores de risco tanto para cima quanto para baixo. Entre os riscos para a inflação, estão uma maior persistência das pressões inflacionárias globais e uma resiliência maior na inflação de serviços do que o projetado. Já entre os riscos para baixo, destacam-se uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que o projetado e os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global, que podem ser mais fortes do que o esperado.
O Copom enfatiza que as conjunturas doméstica e internacional estão mais incertas, o que exige cautela na condução da política monetária.
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